Aprendendo Inglês
Sempre quis aprender Inglês para viajar para a Índia. Como o Inglês é a língua oficial de lá, teria de aprender inglês para me comunicar e interagir com as pessoas.
Minha relação com línguas sempre foi assim. Resolvi aprender Espanhol porque queria viajar pela América do Sul e depois Espanha. Depois de um semestre num banco de uma sala de aula, parti para o mundo. Aprimorei meu Espanhol viajando pela América do Sul e no Caminho de Santiago.
Embora seja sagitariana, e como tal aventureira (ascendente e lua em Sagitário), o meu lado virgiano do signo planejou somente aprender Inglês depois de mochilar pela América do Sul e fazer o Caminho de Santiago, quando estivesse na véspera de viajar para a Índia. Uma aventureira com planos programados, sem chances de alteração. Bem cartesiano! Linearidade e praticidade típicas de um virgiano! risos 🙂
Assim, nos meus planos virginianos, só depois do Caminho de Santiago, iria aprender Inglês. Só que não foi bem assim que aconteceu…
No início do Caminho de Santiago, só falava Espanhol. Quando alguém tentava conversar comigo em Inglês, dizia: “Don’t speak English”. Respondi isto durante umas 2 semanas, até que conheci um americano de Boston…
Foi amor à primeira vista. Apaixonei-me pelos seus olhos brilhantes, cheios de vida… Seu jeito doce e alma de menino. Sua forma cortês de tratar as pessoas. Lamentei tanto não falar Inglês… O destino me pregou uma peça (risos). Nunca me interessei pela cultura americana ou fiz planos de viajar para os EUA. Só queria aprender Inglês para ir para a Índia. Grande surpresa do destino.
Alguns dias depois, encontramo-nos de novo, por acaso. Eu pensei: “Eu tenho de falar alguma coisa”. Após fazer um esforço enorme para buscar lá no fundo do baú alguma palavra em Inglês gravada na minha memória, saiu um: “How are you?”. Dias depois encontramo-nos de novo, por acaso, em Burgos, após outro esforço de memória, saiu: “Nice to meet you”.
Depois disso, encontramo-nos de novo, por acaso, e começamos a caminhar juntos. Eu, o americano e 2 suíços. Caminhamos juntos cerca de 2 a 3 semanas. Um suíço falava Espanhol e o outro, Português. Assim, conseguíamos interagir e nos comunicar. A maioria das vezes, eles só conversavam em Inglês, porque o americano não sabia Espanhol, nem Português. Só de estar ali entre eles, ao voltar para o Brasil, percebi que meu ouvido abriu para o Inglês.
Infelizmente, eu e o americano não vivemos a paixão… Bem… isto é outra estória. Um dia escreverei sobre isto.
Antes de viajar para cá, fiz em torno de 8 aulas particulares de Inglês, para, pelo menos, passar na imigração (risos). É sério. O foco das aulas foi um vocabulário básico de viagem (aeroporto, imigração, restaurante, acomodação).
Cheguei aqui na África, ainda, compreendendo e falando muito pouco a língua inglesa. Comunicando-me, praticamente, com gestos. Felizmente, consegui chegar! Abusei da linguagem gestual! (risos) Conseguir passar na imigração!! Ehehehe!!
Antes de mochilar pela África, frequentei 6 semanas de aula de Inglês entre março e abril. Não foi o suficiente para manter uma conversa em Inglês, mas me concedeu um pouco mais de base para viajar.
Voltei para a Cidade do Cabo para aprender mais gramática e vocabulário. E, claro, curtir um pouco da atmosfera da Copa do Mundo. Eu percebi que meu Inglês melhorou muito durante estes 2 meses que eu mochilei pela África, principalmente na Tanzânia, onde não encontrei brasileiros. Falei e ouvi só Inglês. Voltei para a escola e pulei de nível.
Estou aprendendo Inglês com os africanos. Como é a sua segunda língua, falam Inglês mais devagar e sem gírias como uma pessoa nativa de país de língua inglesa (americano, inglês ou australiano). Portanto, suas falas são mais fáceis de entender. Aqui na África do Sul, o sotaque é carregado, mas nos outros países que viajei (Namíbia, Zimbabue, Tanzânia) não.
O que eu estou querendo dizer é:
Viajar é a melhor maneira de aprender uma língua!
Ali, na prática. Na vida real. Sempre achei um tédio estudar Inglês no Brasil. Ficar sentada na cadeira, dentro de uma sala de aula 2 ou 3 vezes por semana, sem vislumbrar uma aplicação imediata. Sempre comecei um curso e sempre larguei. Nunca consegui completar um semestre.
Meu conselho é:
Viaje!